Melhorias em uma importante estrada sem precisar fechá-la
Como um grupo de empresas junta forças na Inglaterra.
É um dos maiores projetos de modernização de estradas no Reino Unido. Em um incrível empreendimento conjunto, quatro empresas estão modernizando a A14. Uma importante estrada que começa no leste da Inglaterra e avança até as Midlands, uma área recém-batizada pelo governo do Reino Unido como o “motor do crescimento”.
Em 2014, em uma área particularmente movimentada, 71.000 veículos utilizaram a A14 entre Swavesey e Bar Hill todos os dias. Espera-se que esse número aumente para 86.000 até 2020, porém a estrada já está propensa a congestionamentos atualmente. Além disso, o uso da A14 por veículos pesados (HGVs, Heavy Good Vehicles) é muito mais intenso do que a média nacional. O Porto de Felixstowe, na costa do Mar do Norte, recebe 4 milhões de contêineres padrão todos os anos. Mais de 2 milhões deles continuam sua jornada na A14 existente.
“A A14 é a única ligação real para o tráfego local e estratégico, por isso é tão congestionada. Ela fica bloqueada em boa parte do tempo”, afirma Andrew Burder, gerente de projetos. “Estamos realizando uma ampliação de duas para três faixas, enquanto a estrada existente continua aberta”.
“Parte do plano para o esquema é deixar a A14 existente como estrada local para manter o tráfego local fora da nova faixa de rodagem dupla. Também há planos para 10.000 novas residências a serem construídas próximo a Cambridge. A nova A14 deverá ser capaz de lidar com o aumento no tráfego”.
Devido às grandes proporções das obras, a Highways England contratou quatro das maiores empreiteiras do país para tornar o projeto real. Um exemplo inspirador de um empreendimento conjunto: as empresas combinaram forças sob o nome A14 Integrated Delivery Team (IDT) e estão cooperando como se fossem uma só. E há muito a ser feito.
“Há uma enorme quantidade de trabalhos de terraplenagem aqui”, afirma Mark Lawton, gerente de levantamento da nova A14. Isso é um fato: no total, cerca de 15 milhões cúbicos de material são necessários para concluir o projeto. A abordagem: corte e aterro.
“Isso economiza muito tempo em comparação com a época em que era preciso sair com um cartão de memória e conectá-lo à máquina.”
Coordenação meticulosa
“Corte e aterro” significa que a terra é nivelada movendo-a de um lado (corte) para outro (aterro). A quantidade de material que é cortado de um lugar corresponde à quantidade necessária para aterrar o outro. Devido à utilização desse método, bastante tempo e dinheiro são poupados ao preparar o local.
Isso exige uma coordenação altamente meticulosa. Nos escritórios por um lado e em cinco seções de estrada por outro, a Integrated Delivery Team se organiza para realizar o trabalho conjunto de maneira uniforme. “O equipamento de GPS tem um papel importante”, revela Andrew Burder. “Nesse exato momento, temos 18 máquinas utilizando equipamento de GPS. No próximo ano, provavelmente haverá 25. Se todas utilizarem o mesmo equipamento, poderemos controlar o processo com mais facilidade, em vez de trabalharmos com múltiplos pacotes de software”.
“Todos os nossos topógrafos, seis ou sete topógrafos em cada seção, e supervisores usam os equipamentos da Topcon”, afirma Walter Langhorn, colega de Andrew. Ele explica que as motoniveladoras, máquinas usadas para criar uma superfície nivelada, e as escavadeiras têm controle de máquina 3D (3D-MC). “Muito tempo é poupado em comparação com a época em que era preciso sair com um cartão de memória e conectá-lo à máquina, e se isso não funcionasse, era necessário voltar e fazer novas alterações. Atualmente, se revisarmos um modelo, podemos alterá-lo em dez minutos e ele estará disponível para o motorista antes mesmo que você saia do escritório. É muito mais rápido, e muito mais simples”.
“Inicialmente, coleto todas as informações de levantamento disponíveis para auxiliar o projeto”, detalha Mark Lawton no local. “Em seguida, fazemos o levantamento de engenharia, que é a definição. O controle de máquinas 3D está retirando esse fardo das minhas mãos”.
“Essa maneira de trabalhar facilita a nossa vida por causa das suas eficiências e dos dados que vêm do escritório.”
Em sincronia
“Começamos a usar os equipamentos da Topcon provavelmente sete ou oito anos atrás. O SiteLink está à frente dos demais sistemas agora, por causa das informações que podemos inserir nele e os dados em tempo real que podemos obter dele”, afirma Andrew. “Podemos ver instantaneamente onde as máquinas estão, em qual programa estão trabalhando, em quais profundidades de construção estão trabalhando, em que áreas estão. Sabemos imediatamente se estão trabalhando no modelo certo, no nível certo. Os motoristas o consideram muito útil. Eles também podem enviar mensagens entre si, para que possam conferir os modelos e discuti-los em conjunto”.
“Nós transferimos dados de GNSS para as máquinas. Em seguida, usamos o SiteLink para compartilhar modelos com operadores e enviar mensagens a eles. Basta olhar a tela e podemos ver se estão escavando nos níveis certos”, diz Walter. Ele enfatiza a conveniência prática: “Se os motoristas precisarem ativar o serviço, ou se não souberem como selecionar uma linha ou usar um deslocamento, eles poderão nos enviar uma mensagem e nós acessaremos as telas deles remotamente a partir dos nossos computadores e alteraremos o que for necessário”.
“Também podemos excluir e adicionar modelos, para que nunca sejam confundidos ou uma versão mais antiga seja utilizada erroneamente. Isso evita muitos transtornos e a repetição de serviços já feitos”.
“Essa maneira de trabalhar facilita a nossa vida por causa das suas eficiências e dos dados que vêm do escritório”, resume Mark Lawton. “A qualidade dos dados é sempre consistente. Nós utilizamos controle de máquinas 3D em vários locais anteriormente e, agora, pedimos aos nossos prestadores de serviços para adotá-lo. Agora estamos começando a colher os frutos disso. A inovação realmente se tornou uma realidade”.
Com todas essas empresas especializadas trabalhando juntas como uma, este é um excelente exemplo de colaboração moderna. Melhorar o acesso e reduzir o tempo de viagem, ao mesmo tempo em que economiza tempo e dinheiro: a nova A14 demonstrará que é uma contribuição valiosa para este motor de crescimento.